As bolsas de produtividade em pesquisa (PQ) distribuídas anualmente pelo Conselho Nacional de?Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) historicamente geram uma série de inquieta??es na?comunidade científica. Com o objetivo de esclarecer esta comunidade em rela??o aos critérios adotados?pelo Comitê de Assessoramento (CA) Multidisciplinar em Saúde para concess?o de bolsas PQ, resolvemos?produzir este texto.Um ponto fundamental é ressaltar que as bolsas PQ deste CA s?o distribuídas prioritariamente para?pesquisadores com forma??o inicial nas áreas do comitê e vínculo institucional com unidades, departamentos?ou programas de pós-gradua??o das áreas. Atividades de orienta??o em programas n?o credenciados pela?Coordena??o de Aperfei?oamento de Pessoal de Ensino Superior (CAPES) s?o desconsideradas, assim?como produ??es científicas n?o relacionadas com as áreas do comitê.Deve-se destacar que existem critérios mínimos para ingresso em cada nível, publicamente divulgados?no sítio do CNPq na internet. Chama aten??o que continuamos a receber inúmeros pedidos que n?o se?enquadram nesses critérios mínimos, inclusive de alunos de gradua??o ou pós-gradua??o.Um diagnóstico da situa??o do CA é necessário. A Educa??o Física possui atualmente 85 bolsas?vigentes, a Fisioterapia e a Terapia Ocupacional possuem 65 cotas e a Fonoaudiologia tem 51 bolsas?PQ. As bolsas da Educa??o Física est?o distribuídas entre oito estados da Federa??o, sendo que 40%?est?o alocadas a docentes do Estado de S?o Paulo. As bolsas da Fisioterapia e Terapia Ocupacional est?o?alocadas a pesquisadores de sete estados, sendo que 63% dos bolsistas trabalham no Estado de S?o Paulo.?Na Fonoaudiologia, as bolsas est?o concentradas em seis estados, sendo 71% delas alocadas a pesquisadores?vinculados a institui??es paulistas.Do total de bolsas do CA, 62,5% s?o de nível 2, 18,5% s?o 1D, 5,5% s?o 1C, 8,5% s?o do nível 1B e 5,0% s?o do nível 1A. Estes percentuais est?o em desacordo com as normas do CNPq, que sugerem 10% das bolsas nos níveis 1A e 1B e 50% no nível 2. O CA redigiu documentos à dire??o do CNPq solicitando revers?o desse cenário, com aumento das cotas 1, em especial nos níveis 1A e 1C. Chama aten??o também que, nos últimos três julgamentos, n?o houve qualquer aloca??o de cotas novas para nosso CA. O assunto também foi abordado em documento recente enviado à dire??o do CNPq.A seguir, apresentaremos algumas informa??es sobre o julgamento das bolsas PQ no ano de 2015. A tarefa mais complexa da avalia??o foi definir os indicadores a serem incluídos no algoritmo de cálculo, com respectivos pesos. O CA optou por utilizar cinco indicadores, com os seguintes pesos: produ??o científica no período avaliado (35%), orienta??es (25%), índice H do Institute for Scientic Information – ISI (20%), média de cita??es por artigo, calculada a partir da base Scopus (15%), e projeto de pesquisa submetido (5%). Deve-se ressaltar que tais critérios somente foram aplicados aos solicitantes que se enquadravam nos critérios mínimos divulgados no sítio do CNPq. Por exemplo, pesquisadores com atua??o predominante em outras áreas ou que n?o atingiam os critérios mínimos de orienta??o e produ??o científica foram eliminados nesse primeiro estágio da avalia??o.Cada um desses indicadores possui um algoritmo específico de cálculo padronizado, sendo que o?escore final varia de 0 a 100. No caso dos projetos, s?o avaliados por dois pareceristas ad-hoc. O conceito?“Excelente” equivale à nota 5, o conceito “Bom” equivale à nota 3, o conceito “Regular” equivale à nota 2 e?o conceito “Fraco” equivale à nota 1. A média das duas avalia??es é utilizada no escore final. No julgamento?de 2015, apenas 16% dos projetos foram classificados como “Excelente” pelos dois avaliadores.No que se refere ao índice H, inicialmente é feito o cálculo do percentil 95 da distribui??o, sendo?este valor equivalente ao escore máximo (20). O escore de cada pesquisador é calculado por regra de três?em compara??o ao valor do percent
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