A alta procura por alimentos nutritivos e de fácil consumo tem impulsionado o mercado de frutas e hortali?as minimamente processadas (MP). No entanto, estes alimentos têm uma curta vida de prateleira, s?o marcados pela rápida deteriora??o. A radia??o ultravioleta-C (UV-C) é uma técnica n?o térmica, limpa e de baixo custo que pode servir como alternativa aos sanitizantes comuns. Porém, a sua baixa penetra??o em alimentos tem limitado sua aplica??o neste ramo da indústria. Objetivou-se revisar o efeito germicida da radia??o UV-C em alface e ma?? minimamente processados e os possíveis danos às características físicas e sensoriais, além de realizar uma avalia??o dos fatores envolvidos nesta técnica. Uma redu??o de 1 a 2 log UFC/g da microflora natural destes vegetais é facilmente atingida com doses moderadas, para diversos grupos de microrganismos deteriorantes. Uma maior redu??o nos níveis de patogênicos inoculados, acima de 4 log UFC/g, foi verificada quando doses maiores foram utilizadas. Para a alface MP, a superfície irregular é considerada um limitante, por reduzir o contato entre a radia??o e os microrganismos. Essa limita??o pode ser superada alterando parametros do processo, como distancia da fonte emissora e exposi??o de ambos os lados do vegetal. A cor das folhas foi melhor preservada com emprego de radia??o UV-C em doses moderadas. Na ma?? MP, altera??es indesejáveis, como a intensa perda de massa e o escurecimento pronunciado, est?o associadas a um severo dano celular em doses mais elevadas. Tais efeitos puderam ser evitados expondo a fruta por um menor tempo. Em geral, verificou-se boa aceitabilidade de alface e ma?? MP tratadas com radia??o UV-C. O tipo de fruta ou hortali?a utilizado e a sua topografia exercem grande influência na eficiência da técnica. N?o foi possível sugerir uma dosagem adequada para a alface ou a ma?? MP, visto que os poucos estudos disponíveis diferem quanto à variedade de alface ou ma?? estudada, na forma como os tratamentos foram conduzidos e na dose exposta.
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