Vivemos uma pandemia global sem precedentes em nossa gera??o. S?o tempos difíceis para os trabalhadores da Saúde. Estamos todos sob a mesma tempestade e participamos do mesmo esfor?o coletivo contra a COVID-19. Mas n?o estamos no mesmo barco. A desigualdade determina a forma como cada categoria de trabalhadores da Saúde é atingida pelo novo coronavírus no Brasil. Expostos ao contágio na linha de frente do combate ao novo coronavírus, os técnicos e auxiliares sentem, de forma desproporcional e alarmante, os efeitos da pandemia. S?o mais de 1,3 milh?o de técnicos e quase 420 mil auxiliares de Enfermagem, que realizam cuidados essenciais em unidades de Saúde e n?o contam com a retaguarda assistencial e financeira para mitigar os efeitos da COVID-19 sobre si e seus familiares. Oito em cada dez destes profissionais s?o mulheres, que além de serem provedoras também assumem, na maioria das vezes, o papel de cuidadoras primárias de crian?as, idosos e enfermos em suas famílias. Os baixos salários dificultam o acesso a alternativas mais seguras de transporte e cuidado para seus dependentes. é esta a realidade da maioria dos profissionais que mantêm o sistema de Saúde funcionando, em plena pandemia.
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