Espécies invasoras têm ocasionado a perda de biodiversidade no mundo todo por ocuparem o lugar de nativas. O presente estudo objetivou avaliar a regenera??o natural ao longo do tempo em um fragmento florestal invadido por Ligustrum lucidum W.T. Aiton e Ligustrum sinense Lour. no sul do Brasil, a fim de quantificar essa invas?o. Para isso, foram alocadas cinco transec??es em um fragmento de Floresta Ombrófila Mista em Lages (SC), sendo cada transec??o dividida em parcelas com diferentes setores de distancias da borda e em subparcelas para avalia??o do componente regenerativo. Em 2012, os regenerantes de espécies arbóreas que se encontravam nas subparcelas foram identificados, plaqueteados e divididos nas seguintes classes: classe 1 _ plantas com altura entre 10 cm e 1 m; classe 2 _ plantas com altura entre 1 e 3 m; classe 3 _ plantas com altura maior que 3 m e diametro medido à altura do peito (DAP) menor que 5 cm. Em 2014, esses indivíduos foram reavaliados, contabilizando os indivíduos mortos e recrutas e enquadrando os sobreviventes e recrutas nas atuais classes. Foram calculadas as taxas de mortalidade, recrutamento, mudan?as de classe e mudan?a líquida. Os dados foram analisados por meio de uma análise de componentes principais (ACP) e tabela de contingência. Conclui-se que as espécies superaram a fase inicial do processo de invas?o, demonstrando elevado incremento populacional na área estudada. Ainda, ficou evidenciado o particionamento espacial entre as espécies nativas e as exóticas, o que sugere a existência de competi??o interespecífica, cuja consequência pode ser a extin??o local de representantes do grupo autóctone.
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