Na tentativa de conter uma pandemia, comunica??o pode ser a chave para o sucesso ou para o fracasso. Informa??es fragmentadas podem afetar as percep??es e comportamentos das pessoas, especialmente em tempos de má comunica??o governamental, potencialmente minando os seus esfor?os colaborativos para impedir a dissemina??o da doen?a. Para testar se e como as pessoas se apresentam sensíveis a informa??es quebradas durante a pandemia da COVID-19 no Brasil, usamos um experimento aleatório junto a 571 respondentes. Nossos resultados apontam que mensagens quebradas, mais pessimistas ou mais otimistas, com rela??o à pandemia n?o têm um efeito médio significante nas percep??es e comportamentos planejados dos respondentes. Numa análise mais exploratória, no entanto, nossos resultados mostram que certos grupos sociodemográficos s?o mais sensíveis a tais informa??es quebradas. Enquanto pessoas com baixo nível de escolaridade reagem a mensagens mais pessimistas com um aumento na chance de elas intensificarem medidas de preven??o, pessoas mais velhas (com 60 anos ou mais) - que comp?em o grupo de risco para complica??es decorrentes do novo coronavírus - reagem a mensagens mais otimistas com uma grande redu??o na chance de elas intensificarem medidas de preven??o. Além de contribuir com a literatura de gest?o de desastres, nosso trabalho refor?a a necessidade de governos centralizarem esfor?os de comunica??o, de forma a garantir que as pessoas estejam munidas com informa??es completas e precisas para formarem suas percep??es e adequarem seus comportamentos a uma crise de saúde pública.
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