Nesse artigo se procurou analisar a articula??o dos elementos concretos e/ou simbólicos do(s) lugar(es) que os sujeitos ocupam na organiza??o com os aspectos relacionados ao modo como esses sujeitos produzem sentidos sobre si mesmos e sobre suas rela??es sociais. De maneira geral, a pesquisa aborda a problemática da produ??o (e controle) da subjetividade nas organiza??es. A organiza??o em análise, uma pris?o, foi abordada qualitativamente mediante um estudo de caso baseado em 15 entrevistas semiestruturadas que, após serem gravadas e transcritas, foram analisadas pela análise francesa do discurso. Identificou-se que o(s) lugar(es) no lugar organiza??o, além de referência física, se referem a uma constru??o social relacionada a uma condi??o formal, a artefatos e a significa??es. O regime semiaberto, por exemplo, ao converter a frágil liberdade em amea?a ao "conforto" sólido da institui??o total, fortalece a organiza??o em detrimento do sujeito. Ajustar-se ao contexto organizacional corresponde, assim, a um tipo de contrapartida pela seguran?a proporcionada, e algo que se deve agradecer, uma espécie de doutrinamento que aproxima as pris?es das demais organiza??es.
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