A magnitude da mobilidade vertical dos nutrientes no perfil afeta o contato destes com as raízes e a lixivia??o e, por isso, influencia a época e o método de aplica??o dos fertilizantes ao solo. O presente trabalho objetivou avaliar a mobilidade de K em solos de acordo com o método de aplica??o e a dose de cloreto de potássio. O experimento foi realizado em 1998, em colunas de lixivia??o com 7,5 cm de diametro e 35 cm de altura. Os tratamentos consistiram de doses de K (0, 150 e 300 mg kg-1), aplicadas sobre a superfície ou incorporadas até 15 cm de profundidade em dois solos ácidos. A cada sete dias, durante oito semanas, foram adicionados 300 mL de água destilada sobre a superfície de cada coluna. A solu??o percolada foi coletada no dia seguinte, e nela foram determinados o volume e as concentra??es de Ca, Mg e K. A aplica??o de KCl sobre a superfície dos solos promoveu a descida de K para profundidades superiores a 10 cm. Apesar disso, a lixivia??o de K foi pequena, porém aumentou com a dose e com a incorpora??o do fertilizante ao solo e foi mais intensa nas primeiras percola??es. A adi??o de KCl aumentou expressivamente a percola??o de Ca e Mg durante as cinco primeiras percola??es, o que pode representar aumento temporário na disponibilidade desses cátions às plantas, pois coincide com o período de implanta??o das culturas, em que a exigência das plantas por nutrientes é alta. Mesmo nesses solos com alto tamponamento, a adi??o de K sobre a superfície promoveu bom aprofundamento do nutriente no perfil sem, contudo, proporcionar grande lixivia??o.
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